quinta-feira, 12 de abril de 2012

Respirando Energia

Volto a escrever no blog pois hoje foi um dia bastante esclarecedor.
Desde que comecei no trabalho novo, o setor energético passou a ser o ar que respiro. E como toda camisa nova, você precisa ajustá-la, personalizá-la até que fique do seu agrado.
Sendo assim, perguntei a uma das cabeças pensantes da empresa qual seria a melhor fonte de energia? Para minha surpresa, a resposta foi: TODAS ELAS.
Sim, todas elas em um grande mix muito bem organizado! Não existe uma única alternativa boa, não existe uma só fonte possível e satisfatória. Todas elas são necessárias para suprir a demanda energética crescente do planeta.

Se você precisasse fazer uma listinha, de tudo aquilo que você considera importante e vital, quais itens você elencaria? Para mim, energia está no top five; não consigo me imaginar sem geladeira, internet, filmes/entretenimento, iluminação noturna, ventilador, enfim...

Voltando ao tema, quais são as possíveis fontes de energia? De forma objetiva:
- hidrelétrica;
- termoelétrica (gás, oleo, carvão);
- eólica;
- solar;
- biomassa; e
- nuclear.

Bem, como muitos irão dizer, nem todas elas são energias "limpas" ou seja, "ambientalmente" corretas. No entanto, todas elas são necessárias! Por que?

A vocação tradicional do Brasil é dispor de aproveitamentos hidroelétricos. No entanto este potencial não é infinito. Neste sentido, é preciso estar preparado para outras opções energéticas inclusive para servir de complementação à hidroeletricidade (períodos de estiagem).

Com as dificuldades cada vez maiores de construção de hidroelétricas com grandes reservatórios (principalmente aqueles de regulação, que controlam as cheias e provê uma reserva importante de água), cresce a necessidade pelas fontes complementares. Ainda mais as usinas termoelétricas convencionais, que desfrutam da certeza de que estará apta a contribuir com energia para o sistema, dado que o combustível estaria garantido (logicamente, desde que exista).

A opção eólica tem se mostrado altamente competitiva nos últimos Leilões de Energia. Sua participação na matriz energética brasileira vem aumentando significativamente e com tendência ainda ascendente. No entanto, de um modo geral, se dispõe de um histórico de ventos ainda muito incipiente (muitas vezes um ou dois anos), o que não permite estudos técnicos consistentes e confiáveis.

[Deixarei as descrições sobre as demais fontes de energia para outro post; meu foco aqui é outro]


Além da pergunta de qual seria a melhor fonte, perguntei se dava para armazenar a energia excedente (todo mundo tem direito de fazer perguntas leigas, pelo menos uma vez). Pois bem, a resposta foi "ainda não". Ainda não, pois a única forma conhecida são capsulas de hidrogênio que custam uma fortuna e gastam grande quantidade de energia para serem criadas.

Então, juntando A + B, perguntei:
Se não há certeza de que os ventos irão soprar, de que a água irá passar na quantidade necessária, que haverá sol sem nuvens no azimute, como poderia ser afirmado que a fonte de energia escolhida é a melhor (e infinitamente garantida?).

Já li muitos artigos florescendo matrizes energéticas alheias, principalmente falando da Dinamarca com suas eólicas, Grécia e Israel com suas solares, e para alguns França e Alemanha com suas nucleares. Pois bem, eles tem um probleminha: quando esta fonte não gera energia, eles são obrigados a importar de outros lugares. E agora, pergunto, será que isso continua sendo lindo?

Concluindo, acredito que não existam respostas certa para as três perguntas que me fiz, mas aceitei o fato de haverem possibilidades. O fato é que: é preciso pensar, se informar e buscar sempre por novas alternativas. Importar energia, num é bem uma opção para um país como o nosso, então não vamos nos perder nas comparações entre bananas e laranjas..

Hidrelétricas sim, termelétricas sim (com ressalvas), eólicas sim, solar sim, nuclear sim (com outras ressalvas). De forma a complementar estas afirmações: NÃO TEM PRATO DE GRAÇA! Resta saber como vamos pagar essa conta!?

Abraços,

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